terça-feira, 22 de dezembro de 2009



Esta é uma época particularmente difícil para quem perdeu ou está a perder alguém que ama.

Esta é uma altura em que queremos todos aqueles que nos são queridos à nossa volta.

Queremos celebrar o "estar em família", queremos mostrar àqueles que amamos o quão importantes são para nós!

Mas o que fazer quando eles já não estão entre nós?

Dói a saudade...

Dói o "não estar presente", não poder tocar... abraçar...ouvir....falar.... Como dói!

Doem as lembranças...


Todavia, as lembranças não devem doer... devem sim, curar...

É tão bom lembrarmo-nos daqueles que amamos... com saudade, sim, mas sem angústia, dor... com alegria (sim, porque essa pessoa fazia-nos sentir bem..), amor... não com tristeza, nem raiva...


Eles podem já não estar entre nós... ou podem estar, embora por pouco tempo.... Contudo, o importante é lembrarmo-nos dessa pessoa tal como ela era... ou é.... do "porquê" da sua importância... e continuarmos a amá-la... isto é... a recordação é o melhor sinónimo do amor aquando a perda...

Na nossa memória e no nosso coração ninguém morre...


O amor é um sentimento mutativo mas eterno...


Façam o favor de ser Felizes! Cit. Raúl Solnado... Um bem haja para a pessoa que ele foi e para as recordações que ainda permanecem nas nossas memórias e corações!


Para todos aqueles que perdi... Amo-vos muito! Todos vocês fazem parte daquilo que eu sou hoje!


Para vocês, que vêm espreitar este carinho... Digam sempre Amo-te... ou Gosto de ti.... quer aos que permanecem junto de vós fisicamente, quer aqueles que são uma recordação eterna!




Beijinhos








segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

"Porquê" - Anjos



Nunca, nunca mais chega a noite
Em que te vou despertar
Nunca mais vou poder esperar
E então ver-te a sorrir

Nunca mais este amor eterno
Poderá me tornar
No calor do teu Inverno
Que te aquece a dormir

Eu quero as palavras,
Que me tocam e me dizem que sem mim não és feliz
Suave...A tua voz tão suave

Porquê?
Te arrancaram de mim, assim
Diz-me porque?
Se te esqueceste ou não de mim

Porquê?
Não somos imortais
Porquê?
Pergunto?
Não posso mais!
Eu não posso mais!

Guarda no teu peito a chama
Onde iras sempre ouvir
A voz de quem te ama
E que te quer sentir

Eu quero o teu corpo
Que me enche, me preenche e que eu só quero tocar
Suave...A tua pele tão suave

Porquê?
Te arrancaram de mim, assim
Diz-me porquê?
Se te esqueceste ou não de mim

Porquê?
Não somos imortais
Porquê?
Pergunto?
Não posso mais!
Eu não posso mais!



Esta música faz-me lembrar de ti...
Foste muito importante para mim...
E partiste sem eu me poder despedir....
Eu sei que tu sabias...
E sofro por pensar que podes ter tido medo, dor...
Eu amei-te e continuo a amar-te muito...
Foste e sempre serás um grande Homem!

Quero agradecer-te pelo colo que me deste...
Pelos cabelos que tantas vezes me deixaste pentear....
Pelos canários e piriquitos que com paciência me ias mostrar...
E pelos toquezinhos que me davas na cabeça quando por mim passavas no fim do jantar.

Obrigado Avô

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Caminhar


Caminhar só, perder o rumo da vida para me encontrar contigo...
Eu não quero estar sozinha....
Dá-me a tua mão.... leva-me contigo....
Não podes? Porquê?
Eu quero ir, não me interessa a minha viagem... não quero fazê-la sozinha... já não me interessa...
Tenho que aceitar? Como posso caminhar sozinha? Como voltar a ter a tua companhia?
Olhando para dentro de mim? Encontrando o meu coração? Como faço isso? Diz--me!
Espera... estou a ouvir a tua voz, estou a sentir o teu toque, o teu cheiro e estou a ver-te....
Afinal tu nao me abandonaste.... estiveste sempre aqui.... dentro de mim.... e sempre estarás!
Agora sei que posso continuar a caminhar... encontrei o meu rumo... já não estou mais sozinha!
Andréia Graça

Para reflectir...

Nas suas últimas horas de vida, os computadores do mundo inteiro, transmitiam este texto via internet onde Gabriel Garcia Marquez, consciente que vivia os seus últimos dias, falou acerca da morte.

"Se, por um instante, Deus se esquecesse de que sou uma marioneta de trapos e me presenteasse com um pedaço de vida, possivelmente não diria tudo o que penso, mas, certamente, pensaria tudo o que digo.
Daria valor às coisas, não pelo que valem, mas pelo que significam.
Dormiria pouco, sonharia mais, pois sei que a cada minuto que fechamos os olhos, perdemos sessenta segundos de luz.
Andaria quando os demais parassem, acordaria quando os outros dormem.
Escutaria quando os outros falassem e gozaria um bom gelado de chocolate.
Se Deus me presenteasse com um pedaço de vida, vestia-me simplesmente, atirava-me de bruços ao chão, deixando a descoberto não apenas meu corpo, como também a minha alma.

Deus meu, se eu tivesse um coração, escreveria o meu ódio sobre o gelo e esperaria que o sol saísse para o derreter.
Regaria as rosas com minhas lágrimas para sentir a dor dos espinhos e o encarnado beijo das suas pétalas.
Deus meu, se eu tivesse um pedaço de vida... Não deixaria passar um só dia sem dizer às pessoas – amo-te, amo-te.
Aos homens, provava-lhes como estão enganados ao pensar que deixam de se apaixonar quando envelhecem, sem saber que envelhecem quando deixam de se apaixonar.
A uma criança, dava-lhe asas, mas deixaria que aprendesse a voar sozinha.
Aos velhos, ensinaria que a morte não chega com a velhice, mas com o esquecimento.
Tantas coisas aprendi convosco, os homens...
Aprendi que todo mundo quer viver no cimo da montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir a escarpa.
Aprendi que quando um recém-nascido aperta com sua pequena mão pela primeira vez o dedo do seu pai, o tem prisioneiro para sempre.
Aprendi que um homem só tem o direito de olhar um outro de cima para baixo para ajudá-lo a levantar-se.
São tantas as coisas que pude aprender convosco, mas, no final, não poderão servir de muito porque quando me olharem dentro desse computador, infelizmente estarei morto."


Gabriel Garcia Marquez

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Local e Horário de Funcionamento

CAPELO-Lagos


Contactos:
"Espaço Internet"
Rua Dr. António Guerreiro Tello, nr. 9
8600-732 Lagos
Algarve

Tlm: 926 485 555
E-mail: lagos@apelo.pt ou capelolagos@gmail.com


Horário de Funcionamento:
2ª e 4ª feiras, das 18h00 às 20h00

Amanhã o CAPELO-Lagos na Rádio Fóia



A Dra. Luciana Gonçalves vai estar amanhã (04 de Dezembro 09) na Rádio Fóia, no Programa "Vale a Pena" de Fátima Peres.
Neste programa falar-se-á de afectos, de emoções, de sentimentos e do luto.

Sintonize o seu rádio em Rádio Fóia, na Frequência 97.1 e faça-nos companhia!

CAPELO-Lagos


O Centro de Apoio à Pessoa em Luto de Lagos (CAPELO-Lagos) abriu à comunidade no dia 12 de Janeiro de 2008 e está sob a coordenação da sua fundadora Dra. Luciana Gonçalves.
A ideia de criar o CAPELO-Lagos surge após uma palestra sobre o Luto realizada pelo CAPELO-Faro, onde a Dra. Luciana esteve presente. Após a palestra esta demonstrou grande interesse na problemática, visto o tema também fazer parte da sua formação académica e profissional – Psicologia Clínica.
Foi de tal forma entusiasmante o interesse da Dra. Luciana pelo projecto da APELO que lhe propusemos abrir um centro de apoio à pessoa em luto em Lagos.
Após um levantamento de necessidades da comunidade e também com o apoio incondicional da Junta de Freguesia de São Sebastião de Lagos, a Dra. Luciana criou o CAPELO-Lagos.
Concluídos quase dois anos desde da sua abertura oficial, o CAPELO-Lagos já conta com uma sustentável rede de voluntários que todos os dias contribuem para a incrementação e desenvolvimento deste projecto que tem como objectivo primário, o apoio à pessoa em luto e suas famílias.
Neste momento o CAPELO-Lagos já possui uma sede provisória, cedida gentilmente pela Junta de Freguesia de São Sebastião, cujo apoio e interesse têm sido constantes.
No decorrer destes dois anos de actividade, já foram muitas as pessoas que passaram pelo centro e que puderam contar com um apoio e atendimento personalizado e humanizado. Infelizmente a nossa sociedade ainda continua a ignorar o Luto como um problema social, minimizando todas as patologias, que um luto “mal” ou “não resolvido”, causa às pessoas que sofrem perdas profundas. Actualmente a problemática do luto é vista ainda como um problema individual e familiar, onde as pessoas se isolam ou são obrigadas a esquecer ou a omitir a sua dor em prol de uma falsa estabilidade social e profissional.
Para além dos atendimentos e apoios psicológicos, o CAPELO-Lagos organizou e participou em vários eventos e actividades.
Para concluir, é importante salientar, que para além do tempo que todos os técnicos e colaboradores voluntários disponibilizam a este projecto, estes são pessoas com vida pessoal e profissional activa, por isso e infelizmente nem sempre conseguem realizar tudo aquilo que gostariam para divulgar e fomentar ainda mais este centro.
Todavia, todos os esforços e tempo disponibilizados por estes técnicos são dirigidos para um bem maior, que é apoiar as pessoas que em sofrimento procuram o CAPELO-Lagos para “quebrar o silêncio da dor”.

O que são os CAPELO(s)?

Os Centros de Apoio à Pessoa em Luto (CAPELO) são centros locais de prestação de serviços de apoio às pessoas em luto e suas famílias nas suas comunidades.
Cada Centro de Apoio à Pessoa em Luto promove uma sólida identidade da APELO nas comunidades locais em que os serviços de apoio à pessoa em luto estão inseridos, desenvolvendo relações próximas e consistentes no seio das suas redes e garantindo a máxima optimização de recursos disponíveis para a melhor resposta à pessoa em luto naquela comunidade.
Os CAPELO constituem a rede nacional de Centros de Apoio à Pessoa em Luto da APELO, presente em muitas das principais cidades do país.
Cada CAPELO é constituído por um/a Coordenador/a (responsável técnico dos trabalhos do Centro) e por um grupo de Técnicos de Apoio ao Luto (TAL) Voluntários e outros Voluntários que asseguram o apoio aos cidadãos e outras actividades.
Os Centros de Apoio à Pessoa em Luto têm disponível, de acordo com os recursos da sua rede de Voluntariado, serviços de apoio emocional, jurídico, psicológico e social às pessoas em luto e suas famílias nas suas comunidades.
O atendimento e o acompanhamento são personalizados.

O que é APELO?

A APELO é uma associação particular de solidariedade social, sem fins lucrativos, de âmbito nacional (com sede em Aveiro), fundada em 2003, pelo actual Presidente José Eduardo Rebelo.
Tem como objectivo principal promover e contribuir para a informação e apoio às pessoas em luto e suas famílias.
É, em suma, uma associação sem fins lucrativos e de voluntariado, que apoia, de forma individualizada, qualificada e humanizada, as pessoas em luto, através da prestação de serviços personalizados e confidenciais.

Como surge a APELO?

A Associação surge para colmatar a lacuna de apoios que se fazem sentir sobre a problemática do Luto. Após o José Eduardo Rebelo ter conseguido resolver o seu próprio luto e de ele próprio se ter deparado com a “perda” inesperada, com a qual teve de aprender a lidar, e que teve de ultrapassar. Um turbilhão de emoções e sentimentos, desde a raiva à solidão e o sofrimento.
Aprender a viver com esta nova realidade, voltar a construir afectos e ligações foram os desafios que se seguiram e que o despertaram para a necessidade de criar um associação que pudesse ajudar quem passa por "golpes" profundos provocados pela perda daqueles que lhes são mais próximos. A associação tem como objectivo primordial ajudar as pessoas que passaram por uma perda, a perceberem aquilo que estão a viver. É um espaço onde se pretende ouvir e ajudar os outros.
É de salientar que a criação da APELO funcionou também como um “apelo” à nossa sociedade, pois o José Eduardo Rebelo também sentiu a necessidade de consciencializar a nossa sociedade do “tsunami emocional” que é perder alguém ou algo que amamos. A associação também dedica parte do seu tempo a prestar formação a profissionais (saúde, educação, serviço social…), para que estes aprendam a lidar com a morte e com o processo de luto, de forma a que nas suas práticas profissionais possam proporcionar um melhor atendimento e apoio às pessoas em luto.
O luto não é solidão. O luto é um processo necessário para transpor de forma sadia a dor da perda, a construção, a manutenção de afectos.

Objectivo Geral da APELO

A associação visa ajudar pessoas e famílias (independentemente da sua faixa etária ou nível sócio-económico) que sofreram perdas emocionais profundas provocadas por:
• Morte;
• Separação (divórcio, emigração, etc.);
• Danos ao amor-próprio (intervenções cirúrgicas que afectam a auto-imagem, ablação do seio ou a amputação de uma membro, entre outros);
• Perda de expectativas de afecto (um feto abortado ou o nascimento de um filho com deficiência física ou mental);
• Posição social (desemprego, despromoção, discriminação étnica ou racial).

Objectivos Específicos da APELO

• Apoiar a pessoa e a família em luto, através de um atendimento personalizado; Intervenção comunitária;
• Grupos de auto-ajuda e aconselhamento;
• Terapia psicológica e psiquiátrica;
• Divulgar os temas vinculação, perda e luto;
• Promover acções de formação sobre a psicologia do luto;
• Cooperar com instituições públicas e privadas;
• Promover toda e qualquer iniciativa considerada relevante para o bem-estar da pessoa em luto.

Área de Acção da APELO

A APELO tem o seu âmbito de acção a nível nacional.
Neste momento encontram-se em funcionamento activo e com plena intervenção os CAPELO (Centro de Apoio à Pessoa em Luto) Aveiro, Barcelos, Coimbra, Faro, Lagos, Lisboa, Marco de Canaveses e Porto, que exprimem o carácter nacional da APELO.

Áreas de Intervenção da APELO e respectivos CAPELO (s)

A intervenção da associação passa pelas seguintes actividades:
• Atendimento sigiloso e especializado
• Dinamização de Grupos de Entreajuda, para que, a compreensão empática entre os intervenientes facilite o processo de luto;
• Criação de grupos de aconselhamento psicológico, para que, o grupo de pessoas em luto possam ser acompanhados por um técnico especializado, promovendo, deste modo, a adaptação à nova realidade, minimizando a dor, o sofrimento e a desorganização emocional inerentes ao processo, promovendo a elaboração do luto saudável;
• Promoção de Apoio Social, acompanhamento e encaminhamento de situações (ajuda na resolução de questões práticas), identificação de recursos e potencialidades; escuta empática e apoio na redefinição de papéis e funções do sujeito, após a perda;
• Promoção de apoio psicológico, facilitando a expressão de sentimentos e emoções visando o crescimento emocional;
• Dinamização e promoção de acções de formação e orientação de estágios das licenciaturas actuais e dos mestrados de Bolonha em Serviço Social, Política Social e Psicologia;
• Participação e organização de colóquios, conferências e pós-graduações, assim como, a colaboração em iniciativas deste género promovidas por outras instituições;
• Divulgação da “Apelo” junto da comunicação social através de programas de rádio, de jornais regionais, de textos e outras publicações.
• Estabelecimento e criação de protocolos e parcerias de cooperação interinstitucional com entidades diversas: Universidades, Escolas Superiores, Empresas, IPSS’s, outras associações e entidades, com vista à troca de serviços e actividades de interesse comum.


segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Benvindos ao CAPELO - Lagos

Este é o novo cantinho do CAPELO - Lagos (Centro de Apoio à Pessoa em Luto de Lagos).

Este vai ser um espaço de todos nós! Para além dos textos e imagens que iremos postar aqui sempre que possível, também os leitores do blog poderão contribuir com os seus desabafos, pensamentos, reflexões e imagens. Para isso basta que enviem os vossos contributos para o e-mail (lagos@apelo.pt) e nós iremos postá-los com as devidas referências e direitos de autor.

Tal como o nome indica este será um blog dedicado exclusivamente à problemática do Luto. Todavia, quando falamos em Luto, não implica que iremos abordar somente temas tristes, depressivos, angustiantes... Muito pelo contrário, isto é, o Luto é um processo que todos devemos obrigatoriamente elaborar quando perdemos alguém ou algo que amamos muito. Será este processo que nos ajudará a aceitar e nos manterá vivos e disponíveis para novas vinculações.

Assim, na Vida, Perder poder ser Ganhar, Morrer pode ser Renascer, Chorar pode ser Sorrir.... Estas serão sempre as grandes dualidades do Homem, que nasce, vive e morre....

Para concluir, este será um espaço em que iremos falar unicamente da VIDA, dos sentimentos, dos afectos, das atitudes e dos comportamentos que ela nos proporciona.... sejam eles tristes ou alegres, bons ou maus.... São por eles que vivemos, amamos e perdemos....